Crime encomendado: homem baleado em hospital é preso por assassinato de mecânico no Cidade Aracy

A Força Tática da Polícia Militar prendeu, na segunda-feira (17), Mauri Neris B. A., de 26 anos, natural de Várzea Grande (MT), acusado de assassinar o mecânico José Antônio Duarte no bairro Cidade Aracy, em São Carlos. O caso foi confirmado pelo delegado da Delegacia de Investigações Gerais (DIG), João Fernando Baptista.
De acordo com a investigação, José Antônio Duarte foi alvejado com seis disparos de arma de fogo dentro da garagem de sua residência. “Assim que tomamos conhecimento desses fatos, prontamente determinamos que o nosso setor de investigações procedesse às primeiras diligências. Já ouvimos algumas testemunhas e analisamos imagens de câmeras de segurança”, afirmou Baptista.
As imagens analisadas pela polícia indicam que o autor do crime teria montado uma campana à espera do momento certo para atacar a vítima. “Ele estava disfarçado, provavelmente com uma roupa da CPFL ou de outra prestadora de serviço”, explicou o delegado. Após efetuar os disparos, o acusado roubou uma motocicleta para fugir do local.
Durante as diligências, a DIG foi informada pelo Tenente Felipe, da Polícia Militar, sobre a entrada de um homem ferido no Hospital Norden. “Esse indivíduo havia dado entrada com ferimentos de dois disparos de arma de fogo e, inclusive, revelou para alguns funcionários que ele seria o autor desse crime, embora não tenha dito quem o alvejou”, acrescentou Baptista.
A vítima do roubo reconheceu Mauri Neris como o autor do crime. Com base nos depoimentos e provas reunidas, a DIG solicitou e obteve a prisão temporária do acusado por um período de 30 dias. “Essa prisão é para possibilitar algumas diligências na investigação”, destacou o delegado.
Sobre a motocicleta roubada, Baptista confirmou que o acusado indicou sua localização aos policiais militares, permitindo sua apreensão e devolução ao proprietário.
As investigações também apontam que Mauri Neris teria viajado de Mato Grosso a São Carlos exclusivamente para cometer o crime. “Caso ele não fosse preso agora, certamente fugiria e se furtaria da Justiça”, ressaltou Baptista.
A polícia trabalha com a hipótese de que o crime tenha sido encomendado. “A filmagem que ele fez do assassinato sugere que ele não conhecia a vítima. Tudo indica que ele fez a gravação para comprovar aos mandantes que executou o crime. Trata-se do chamado ‘pé de pato’, um assassino contratado para execução”, concluiu o delegado.
A investigação segue em andamento para identificar possíveis mandantes e esclarecer a motivação do crime.

Publicado:por Hozana Gonçalves