De acordo com informações do advogado Ariovaldo Moreira após o depoimento do hacker Walter Delgatti Neto à Polícia Federal em Brasília na quarta-feira (16/08), Delgatti reafirmou que a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) pagou a ele R$ 40 mil para invadir o sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e inserir documentos falsos e alvarás de soltura. Esse depoimento confirma o que Delgatti já havia dito anteriormente em depoimento em São Paulo no mês passado.

O advogado afirmou que durante o depoimento, o hacker mencionou uma conversa e indicou pessoas ligadas a Carla Zambelli que estariam envolvidas na invasão.

O pagamento de R$ 40 mil, conforme a defesa, foi feito por meio de depósitos bancários e dinheiro em espécie, entregue por um assessor de Zambelli.

Com essas novas informações e provas, o advogado espera que Delgatti seja liberado da prisão. O hacker estava detido em Araraquara (SP) desde o dia 2 de agosto, mas foi transferido para Brasília e conduzido à sede da Polícia Federal.

A defesa de Carla Zambelli informou que irá se manifestar após analisar os autos e o depoimento. Eles reforçam que negam qualquer acusação de conduta ilícita e imoral por parte da parlamentar.

O advogado também confirmou que Delgatti irá comparecer à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro no dia seguinte. A defesa pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) para que ele possa ficar em silêncio durante o depoimento na comissão.

Para contextualizar, Walter Delgatti é suspeito de invadir os sistemas do CNJ e incluir documentos falsos em janeiro deste ano. Ele alega ter feito isso a pedido de Carla Zambelli para desacreditar o Judiciário. Zambelli nega essa acusação.

O inquérito sobre esses supostos crimes está tramitando no STF. Delgatti também é conhecido por ter vazado mensagens entre Sergio Moro e Deltan Dallagnol, o que deu origem à Vaza Jato, expondo os bastidores da Operação Lava Jato e gerando controvérsias sobre vazamentos seletivos.

Com informações Agência Brasil.